Pequena o
mundo cresceu, passou o tempo em que podia andar por ai com seus vestidos
coloridos. Estamos de fato, fadados a morrer de amor. Fadados ao infinito
momento do abraço de reencontro. Acho bonito como escreve seu nome, sinto que
se seguir o curso de seu pulso posso tocar o céu. Então dentro daquilo que você
chama de grafia, posso me deitar e sentir o desejo de todos os nossos anos
vividos.
Ao inclinar
da caneta, a visão se fecha e temos a lembrança daquilo que um dia foi nosso.
Aquilo que um dia pulsou e tornou o que estava no papel em imagem para as
lagrimas deslizarem de nossos olhos preocupados com o relógio. Nem mesmo os
maiores heróis da Grécia conseguiriam passar ilesos por seus olhos minha
pequena. Sua habilidade desafia as leis da física. Enquanto o homem tenta
rastrear meteoros, eu sigo caçando a constelação de suas costas.
A meu ver
estou á dias sentado em uma cadeira. Espremido por palavras que demoram por
sair. Assim fico aprisionado a qualquer resposta automática como: “sim, não,
talvez, que horas são? Será que chove? Estou bem? Etc...”. Perdoe-me, acho que
fui longe demais com meu discurso. Peço que com carinho risque esta última
linha e comecemos do ponto inicial, onde éramos apenas dois. Sem essas palavras
mal colocadas, sem a ilusão de nós.
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