domingo, 3 de março de 2013

Cap. 17


            Pequena o mundo cresceu, passou o tempo em que podia andar por ai com seus vestidos coloridos. Estamos de fato, fadados a morrer de amor. Fadados ao infinito momento do abraço de reencontro. Acho bonito como escreve seu nome, sinto que se seguir o curso de seu pulso posso tocar o céu. Então dentro daquilo que você chama de grafia, posso me deitar e sentir o desejo de todos os nossos anos vividos.

            Ao inclinar da caneta, a visão se fecha e temos a lembrança daquilo que um dia foi nosso. Aquilo que um dia pulsou e tornou o que estava no papel em imagem para as lagrimas deslizarem de nossos olhos preocupados com o relógio. Nem mesmo os maiores heróis da Grécia conseguiriam passar ilesos por seus olhos minha pequena. Sua habilidade desafia as leis da física. Enquanto o homem tenta rastrear meteoros, eu sigo caçando a constelação de suas costas.

            A meu ver estou á dias sentado em uma cadeira. Espremido por palavras que demoram por sair. Assim fico aprisionado a qualquer resposta automática como: “sim, não, talvez, que horas são? Será que chove? Estou bem? Etc...”. Perdoe-me, acho que fui longe demais com meu discurso. Peço que com carinho risque esta última linha e comecemos do ponto inicial, onde éramos apenas dois. Sem essas palavras mal colocadas, sem a ilusão de nós.

Nenhum comentário:

Postar um comentário