Fiz das
cores de seu vestido arco-íris em nosso quarto. Fiz das paixões vividas
cicatrizes em degraus para atropelar o silêncio das horas vazias. Fizeram a
calha para segurar a água da chuva, das lagrimas no telhado. Fizeram a terra
molhada para brotar a semente pura e lasca de manjericão.
Castos são
os beijos daqueles que a singularidade toca o sonho eterno de ser humemulher,
mulherapaz, hoje cada um tem um pouco do outro e vice e verso, o espelho diz:
sujeito indefinido no plural de seus dias. Nas apostas e nas corridas do dia a
dia. Aos novos navegantes, o fluido de essência estará na ampulheta de seus
corpos, equilibrem a alma e suas razões.
E os lábios
das meninas, agora vermelhos. Visto a cor de longe em suas peles brancas, seus
movimentos de cigana, bailarina, mulher, feita de fé, força, sensibilidade,
coragem, amor, dor, lagrimas e gestação. Feito laços que encantam seus vestidos
mais bonitos. Feito céu, azul e só azul como sempre foi e como sempre será. A
angustia de saber que por mais perto que esteja sempre estarei um passo atrás,
um minuto atrasado e sem palavras a lhe falar.
Acostume-se
com o infinito que é viver, pois de finito já basta os dias que passam sem
parar.
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