quarta-feira, 30 de maio de 2012

Cap. 11


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            A diferença entre crer e escrever é a tinta que corre nas veias. Seu vermelho parece desbotado, aconteceu como antes, seus olhos secaram e o suor corre frio entre as covas de suas costas, as células cansadas e a fadiga antropofágica. O que te consome, qual seu nome, qual seu laço, onde estão seus sapatos, perguntas tão frequente quando esta caneta toca o caderno, assim como um toca disco.

      
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domingo, 20 de maio de 2012

Gelo e limão.


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            Começo a pensar que a miopia de meus olhos é uma maneira verdadeira de enxergar o mundo, assim, você presta muito mais atenção no que esta perto e deixa um pouco de lado as maravilhas desfocadas distantes, mas ao mesmo tempo você caminha e consegue ver melhor, como se fosse a distancia de um braço.

          
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terça-feira, 15 de maio de 2012

Pequena.




Flor cabelos cacheados o circulo do relógio é pouco para nós, a corda fez o laço e ainda escrevo as mesmas palavras em sua jarra de vidro, seus potes de sal.

Flor cabelo cacheados, pensar em ti, é de fato, miragem.

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sexta-feira, 11 de maio de 2012

Prismas.


         O sentido se esgota em miúdas letras dentro de meu chapéu, as catracas esticam o tempo e paralelepipedo trava a língua da sinaleira amarela na avenida. As tardes de chá se foram após algumas semanas de inverno, este que esgotou as lenhas e as ferramentas de meu galpão. Vim para cidade encontrar você e seus pássaros de pano.
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quarta-feira, 2 de maio de 2012

Laranjeira.


           
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            Nas minhas costas ainda esta a vontade de olhar para trás, de olhar por cima dos óculos, de beijar seus pulsos e seus círculos no umbigo.
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