sexta-feira, 27 de abril de 2012

Farol.


            Se for recíproco que seja belo, agudo e sustenido, sem dó, menor ou maiores consequências de afeto.

         
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domingo, 22 de abril de 2012

Cap. 10

 

            Não há mais sentimento que ajude um pobre homem engravatado a escrever sobre algo tão inocente, talvez inocente não seja bem a palavra que caiba aqui, mas algo tão fechado dentro do peito. Certo, vamos lá. Com as mangas abertas eu consigo sentir a pulsação do que seriam os versos de meu texto. Se houvesse algum pingo de inspiração dentro deste copo. Desse coma.
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terça-feira, 17 de abril de 2012

Per sempre.




            Desculpe, acho que perdi três botões do meu casaco. Esqueci de contar sobre as ligações perdidas, os calçados jogados em seu quarto e toda aquela luz amarela que incide neste caderno velho, ora desbotado, ora manchado de café. O que se ouve é só o atrito que o lápis causa na folha, os artigos, artroses e artérias deste texto.

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domingo, 15 de abril de 2012

Semicírculo.


           Eu pensei muito sobre o que digitar, mas meus dedos só alcançam as letras do seu nome. O processo de criação seria mais ou menos assim, algumas velas, uma musica e sua foto, ou, quem sabe você sorrindo para mim, ajudaria muito agora. Assim as letras saltariam de minha manga como algum mágico sem cartola.
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quarta-feira, 11 de abril de 2012

Estação 9.

"Minha pequena.

            (...)O inverno chegou e os botões de rosas se escondem agora por entre as folhas verdes do jardim. Descobri muito cedo que sem você as folhas caem, não há som e meus poemas de meio dia ficam incompletos. Aprendi a ser paciente, a tolerar esta distancia que sufoca meu peito em um laço firme.
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domingo, 8 de abril de 2012

Asterisco tres.


            As pétalas e o orvalho. Ainda vejo você através dos lenços coloridos quase transparentes, aquelas cortinas finas que enfeitavam nosso quarto, ainda vejo sua dança sinto suas costas tocarem as minhas, ouço seus passos seus lábios se abrindo em sorriso.
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sábado, 7 de abril de 2012

Catarse.

               



                A esperança é a ultima que morre.
                Morre de desgosto, de tédio em sua casa nos dias frios.
                Morre triste, sem luz ou qualquer batimento cardíaco de amor.
               
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terça-feira, 3 de abril de 2012

Paletó amarelo.


           A inspiração tomou conta de meus pés e quando dei por mim estava na frente de sua casa, então me deparei com sua flor no cabelo e suas estações no lençol. Coloquei as mãos no bolso como quem procura alguma palavra escondida, mas só o que me saltam nas mãos são dois contos de reais. Isso me fez lembrar, das gotas de café, do paletó amassado e das contas que deixei em minha agenda.

        
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