"Ainda escrevo,
mesmo que com sede;
Ainda choro, mesmo que
deserto. Recolho e enxergo, mesmo que incompleto;
Rezo, mesmo sem unir
as mãos. Ainda espero, mesmo sem razão.
Áspero, inspiro
castelos."
Riscou o papel com a tinta dos
olhos de Samara, não sabia ler nem crescer, és a pena que segura às mãos. Tem
pena de mim, exclama, mas cabe em sua pequena mão e escorre pelos anéis de
ouro.
Samara, corações em pedaços. São
aqueles meninos que fazem sinais nas ruas, são jornaleiros e aquele poeta
sentado na janela, são os maus pensamentos e os amadores de poesia. O café
esfria entre os poucos pensamentos, respira o cheiro amadeirado das manhãs em
sua casa, respira e desenha em sua água o futuro daqueles que ainda não sabem.
Guarda em ti o segredo dos
capricornianos, são dos signos de seu tornozelo que cria poesia, constelação de
pintas e mais pintas espalhadas pelo corpo, será de qual estrela? Já ultrapassamos a estratosfera de seus olhos,
não há mais volta a partir daqui, agora sabemos por que a dificuldade de chorar,
e não deve, pois o sorriso é de um brilhante que nem as moças conseguem imitar,
será sereia desse mar ou pura imaginação, já não sei.
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