Saio de
casa sem calçar os sapatos;
Devoro
os livros e demoro o café, apelo para os salgados romances europeus, esqueço-me
de ti e bocejo os versos de ontem.
Apresso
a vontade de ser só. Aprecio os dias de chuva e a calçada molhada.
Parto do
pressuposto de que as horas são marcadas pelo seu deslocamento. Não tenho
carro. Sinto vontade, saudade e a idade.
Inquietude, dias e dias sem luz
em nossa varanda.
Vende-se a casa ao lado, vem de
ontem a vontade de sair daqui.
Saio de
casa e recolho as plantas no varal.
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