Há um silencio que reside, procuramos com os olhos os
diálogos entre os objetos lançados a mesa.
Há uma causa solta, pendurada na porta. Há dias a falta de
ideias enfurece o rapaz sentado na varanda.
Há uma sinopse em sua pele, algo como um roteiro de cinema,
algumas manchas do sol e um gosto de saudade.
O homem estampado de céu atira seus sapatos contra
os incômodos de sua casa. Arremessado contra o espaço cinza de sua
rua, procura saídas.
O homem estampado de céu tem seus sonhos azuis.
A fragilidade está presente no passado pensado, arrependido
e articulado.
Há fragilidade em seus dedos. Costura a minha alma na sua,
acostuma meus passos aos seus.
Deslizo-me entre os textos mais confusos e traço o teu
passado nas linhas de sua mão, coloco-me a disposição, a exposição, a distorção
daquilo que já foi, aquilo que já esta a falta de seus dias. Aperto a mão de
quem apenas sorri e apelo para um meio fechar de olhos um semicírculo de
segurança, teorias tais que revelam a opacidade do olhar humano.
(...)
(...)
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