domingo, 9 de junho de 2013

Ametista.


Há um silencio que reside, procuramos com os olhos os diálogos entre os objetos lançados a mesa.
Há uma causa solta, pendurada na porta. Há dias a falta de ideias enfurece o rapaz sentado na varanda.
Há uma sinopse em sua pele, algo como um roteiro de cinema, algumas manchas do sol e um gosto de saudade.
O homem estampado de céu atira seus sapatos contra os incômodos de sua casa. Arremessado contra o espaço cinza de sua rua, procura saídas.
O homem estampado de céu tem seus sonhos azuis.
A fragilidade está presente no passado pensado, arrependido e articulado.
Há fragilidade em seus dedos. Costura a minha alma na sua, acostuma meus passos aos seus.

Deslizo-me entre os textos mais confusos e traço o teu passado nas linhas de sua mão, coloco-me a disposição, a exposição, a distorção daquilo que já foi, aquilo que já esta a falta de seus dias. Aperto a mão de quem apenas sorri e apelo para um meio fechar de olhos um semicírculo de segurança, teorias tais que revelam a opacidade do olhar humano.
(...)

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