quarta-feira, 24 de abril de 2013

Seu nome é quase cor


Minha pequena seu nome é quase cor.
Já desconheço o sentido da vida nestes dois minutos.
Ah. Se o coração fosse um pouco menos impulsivo.
Assim como os pássaros e os passos que voam.
Por que quando nos acostumamos o tempo voa;
Voa com as mãos fechadas levando aquilo que se sente.
Aquele garoto estava certo, é muito fácil se perder nos olhos de uma mulher.
Ainda há de haver invisível nas coisas dizíveis e o indizível se tornará daqui por diante infinito.
            Alguns sintomas rabiscaram as folhas de meu caderno, não sei se começo pelos fatos do coração ou pelas relíquias de minhas lembranças.
            Há algo estampado em sua camisa e apenas algumas gotas em seu copo. A máquina para ao ouvir o som do poeta que reduz sua carta a um abotoar de camisa, um suspiro e o rasgar de uma correspondência.
            Se algumas palavras tocarem seu peito minha pequena, deixe com que caia uma manga de seu vestido. Seria maldade dos Deuses deixar com que seu belo ombro fique preso para sempre em volto a esses tecidos. Se alguma silaba for tocar o grão de seus brincos, deixe-a contar o mínimo segredo que existe por trás de todos os versos deste pobre escritor. Deixe-a envolver-te em algum poema malicioso, alguma canção com piano, alguma história de faroeste com mocinhas que choram por páginas em seus diários.
            E assim quando um sorriso brotar naturalmente em seu rosto e por ventura seu rosto ficar corado, saberei quais as melhores flores para combinar com seu vestido.

Um comentário:

  1. Olá Pedro,

    vi no site do Ted que consta um evento TEDx em Lages, e você organizando.
    Gostaria de trocar ideias com você.

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